Thursday, June 30, 2005

Verso


Já passou bastante tempo desde a última vez que "versei", livremente, sem rimas nem poéticas obrigatórias. Um exercício de escrita fabuloso.


Invejo-te do fundo das veias
Sem saber onde fui
Buscar esta capacidade de invejar.
Pavoneias-te pela vida como poucos
E por isso
Odeio-te.
A sério.
De um ódio só, puro e único.
Enches-me, preenches-me com este sentimento forte
Que apesar de negativo
Cresce e forma-se dentro de mim como um filho.
E eu amo-te.
Sem saber porquê.
Sem saber por que é que este ódio
Do teu pavoneio popularucho não corrói o meu amor por ti,
Não o destrói,
Não o contamina.
Sem saber.
De uma fúria dvorakiana
Retiro a vontade toda de te prender para
Que o teu ostento acabe.
E para que comece o meu.

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