Monday, November 25, 2013

Psicologia do Amor? Devia ser obrigatório...


Esta semana uma amigo fez-me uma pergunta sobre o Amor.

Uma pergunta profunda, que vem de alguém que pensa no mundo através das suas experiências, mas tem a mente aberta para saber o que anda a ciência a fazer sobre isso.
Soube-me particularmente bem falar sobre isso, uma vez que esse apelo surgiu-me também na faculdade, e insistentemente quis fazer um trabalho sobre esse assunto no âmbito da psicologia social.

O interesse da ciência no amor deve ter começado logo no início do método cientifico.

Porém, os humanos complicados, demoraram a tentar operacionalizar a coisa.

Tentar explicar e fundamentar o amor é, para poetas e filósofos, estraga-lo um pouco. Dissecá-lo. Mas também, é que o a ciência faz e, depois, cada um faz dos resultados o que entender.

Os primeiros estudos sobre o Amor são atribuidos a Zick Rubin (Para saber mais, clique aqui ). Como sempre, os grandes avanços na ciência psicológica nascem do nosso fascinio pela medição e este autor, psicólogo e advogado tentou criar uma escala de mediçao psicométrica: a Rubin's Scales of Liking and Loving (Que pode consultar aqui).
Surgem depois a Teoria dos Três Modelos do Amor (Kelley), a Teoria Triangular do Amor (Sternberg) e a Teoria dos Estilos de Apego (Bowlby, Hazan & Shaver).
Por exemplo:
 
 

 
Mas, sendo este um artigo de opinião, a minha teoria preferida é de Jonh ALLAN LEE (Saber mais aqui), um sociólogo canadiano.
 
Lee pesquisou mais de 4000 opiniões sobre o amor desde Platão, concluindo que existem 6 tipos de amor, que o amor é plural (multidimensional) e não há hierarquia entre os tipos e, por fim, que a pessoa a pessoa, ao longo da vida, vai se adaptando, dependendo do momento e do par, ora a um ora a outro tipo de amor.

Então o resultado é:
Eros, Storge e Ludus e, depois, Mania, Agape e Pragma. o Autor atribui CORES a cada tipo (daí o livro se chamar The Colors of Love, 1973)
 
Para mim, isto devia fazer parte da educação emocional básica das pessoas.
 
Infezlimente, a disciplina de Educação EMOCIONAL nunca mais chega as escolas! Este era um assunto fenomenal para discutir com os jovens...
E essa seria uma das minhas profissões de sonho!!!
 
Façam um exercício pessoal e coloquem os amores que já viveram neste esquema. É iluminador!
 
Ao nível macro, reflitam sobre que tipo de amor é mais valorizado na sociedade de hoje...será só uma visão subjetiva, mas para mim, a conclusão a que chego é um pouco assustadora.
 
Boas reflexões.
 
 
 
Algumas referências, para quem quiser explorar mais:
 
   Rubin, Zick. 1970. Measurement of romantic love. Journal of Personality and Social Psychology
    Lee JA (1973). Colours of love: an exploration of the ways of loving. Toronto: New Press
    Robert J. Sternberg, "Triangulating Love ', in T. J. Oord ed. The Altruism Reader (2007)

 

Tuesday, November 05, 2013

Telemoveis desbloqueados, pessoas bloqueadas

À medida que avançamos por esta sociedade tecnológica, sem script, sem manual de instruções, o ser humano está nitidamente a perder-se
Com isto nao quero parecer resistente ou nostálgica, o progresso é sempre um parto dificil.

Mas chegamos a pontos de grave discussão.

Os jovens não sabem gerir o facebook. Colocamos-lhes nas mão uma ferramente quase BIG BROTHER, que há vinte anos atrás estaria nas mãos da CIA.

À medida que mergulhamos na "tech", cada vez mais livre, maior, mais potente, mais desbloqueada, o ser humano parece ficar mais fechado, mais quadrado, mais bloqueado.

Pessoas bloqueadas. Que não querem aprender mais, que acham que não precisam de evoluir mais. O ser humano parou a sua evolução e deixou o exterior desenvolver-se.

Afinal..para que serviu a trilogia Matrix? OU a trilogia (sim, trilogia!) TERMINATOR? Já não perceberam que as máquinas vão ganhar???