O som do teu abraço ecoa em mim pela noite.
De ondas enroladas, e braços quentes.
Eclodes em mim com a força das mágoas que vivem cá dentro.
Mas desta vez, pausa tudo.
Resta apenas o som do teu abraço.
Por frinchas aereas sentimos a espuma alva das ondas.
E com a cadência delas, unimos sabores e suores.
O som do teu abraço é salgado e carnudo.
Acima tudo, é o som do começar de novo.
Nao há instrumento nenhum que toque o som do teu abraço.
Porque esse, não existe sem Mim.
Eu sou a música que tocas, e sinto os acordes na fina pele.
Desnuda, pronta a ser afinada.
Na manhã, apostamos tudo.
Expostos, presos a nada.
Procuremos em breve que ser seremos
Quando o som do abraço acaba.
26.09.2021, Salema, Portugal
Patricia Araujo
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