Thursday, May 05, 2011

A Chica e o Snorkelling

Nas últimas semanas tenho dois factos a registar. A Chica e o snorkelling.
Como podem ver pelas fotos, comecei a praticar snorkelling. Estou a adorar mergulhar. Com dizia o Hermínio um dia, parecia uma bond girl. No início foi difícil aprender a gerir a respiração, mas depois atingi uma paz subaquática inigualável. E posso dizer que ainda não vi nada da vida aquática, a não ser umas rochas e uns peixinhos a passar por mim. Sinceramente, ainda estou na fase em que, ver as minhas próprias mãos ou barbatanas, ou ver outra pessoa a passar por mim, me deixa num redemoinho de emoções!

Já fiz alguns quilómetros e mesmo assim o meu coração ainda dispara quando no meio do nada aparece um cardume de peixinhos pequeninos ou de repente, simplesmente aparece um enorme conjunto de rochas que mais parece uma cidade submersa…
E finalmente posso imitar o Darth Vader. Não há nada mais relaxante do que ouvir a nossa respiração debaixo de água…

Entretanto, fui a um restaurante, quase secreto, no meio do nada, a 20 km de Benguela. Lá encontrei algo já muito habitual. Macaquinhos presos para desporto dos humanos. Revolta-me profundamente este circo. Os bichos ficam ali, expostos, simplesmente sozinhos, marcados pelas coleiras ou cintos amarrados a correntes de metal…simplesmente, para nada! Fico doida. Alguém me compreende? Alguém vê a necessidade disto? Já me custa matar para comer, algo que evito sempre que posso, tentando manter um vegetarianismo dentro do possível (é mais fácil em Portugal do que em Angola), mas ter animais pelo espectáculo? Não há palavras…
Em especial os primatas. Os cães e gatos têm olhares muito humanos, mas os olhinhos de um macaquinho, são iguaizinhos aos humanos!

Então decidi ir brincar com a Chica, a macaquinha da foto. Saltamos, brincarmos e, a certa altura, decidiu “catar-me”. Esse acto de carinho para com o próximo. Chica desatou a tentar catar o “borboto” dos meus calções! Vêm na foto? Que atenção, que carinho e que capacidade de motricidade fina fascinante. Fiz um vídeo.

Como psicóloga, só pensava na evolução destes seres fantásticos e na forma tão humana que a Chica olhava para a máquina fotográfica! E o jeito que os bracinhos dela me agarravam…Foi uma experiencia óptima para mim! Infelizmente a Chica lá ficou, amarrada, escondida debaixo de um pedaço de metal, enquanto ouvia estranhos barulhos de carros…



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