
É impressionante a quantidade de pessoas que se queixa das coisas...fiquei mesmo absorvida a visitar uns blogs, sem rumo definido.
Todos tão mal, é a crise, os políticos são todos vigaristas, ou o que eu quero é viver a vida, ser feliz...enfim, clichés atrás de clichés. A acção é pouca e acham que têm direito de se queixarem...
Sei que as frases “a vida é um milagre” e “agradece por aquilo que tens” também são clichés e soam a religião, mas quem vos deu O DIREITO de barafustarem sem fazerem nada? Foram votar todas as vezes que houve eleições? Leram o resumo (pelo menos) do que cada partido defende? Fazem reciclagem todos os dias e carregam-na para o ecoponto (sim, o meu ecoponto fica longe de casa)? Deixaram de comer animais, mesmo apesar da revolta darwiniana deles com todas as mutações e vírus que eles inventaram? Inventaram formas diferentes de dizer “amo-te”? Amaram de forma diferente em cada relação, não repetindo as mesmas palavras batidas e escrevendo os mesmos poemas que transformam um estúpido detalhe numa ode ao todo?
Adoptei a filosofia
Budista (informalmente)há uns meses atrás e parece dar resultado. Interiorizar desejos e as coisas acontecem...não desejar, não lutar (senão caímos em Karma), deixar tudo fluir como tem de fluir porque o universo tem uma energia própria que nos conduz. Aprendi a aceitar a morte como parte da vida, como diz OSHO aliás, nem deviam ser duas palavras, mas uma só “Vidamorte”. A partir de cera altura da vida, a morte soa muito bem. E não depende da idade, mas sim da aceitação. Da auto-aceitação. Do não forçar nada. Do aceitar que cada um de nós tem um qualquer percurso, e vai ter, esperneando muito ou esperneando pouco.
Claro que gosto de me “queixar”, pelo mero exercício intelectual e social. Mas isso só me traz orgias mentais, e não paz de espírito. Reflictam, mas pouco. Relacionem-se, mas eliminem “relações tóxicas” para o espírito (Chopra). Anos de toxicidade, só dá uma intoxicação dolorosa demais, acreditem. E essa história de amor, é tão simples. É só estar lá. É só querer morrer por já ter tudo o que se sente possível. E o verdadeiro amor, esse, vem apenas quando o menos desejarem. Quando acharem que já não existia. Quando desistirem (eu sei que também é um pouco cliché, mas é verdade, é DHARMA!)