Monday, June 08, 2009

Era uma vez a Bibala






Domingo, 31 de Maio, partimos em direcção ao Namibe. Em trabalho misturado de prazer, como é sempre possível em Angola. Portátil e placa de banda larga debaixo do braço, um jeep, uns petiscos e claro, a matéria cinzenta indispensável para trabalhar na planificação de uma série de iniciativas.
A caminho, deixamo-nos levar pela curiosidade:desviamos para a Bibala. Uma pequena terra, entre o Namibe e o Lubango. Pela estrada “boa” serão mais de 100 km, sendo uma boa parte em terra batida e tendo de atravessar a serra da Leba, pela estrada “má”, serão 45 km, em terra batida, tendo de atravessar a serra da Chela (penso eu).
A chegada à avenida central (quiçá a única!) da Bibala, encontramos a biblioteca municipal, o registo e notariado, o hospital e toda uma serie de edifícios em bom estado. Só havia um café, que infelizmente não tinha café…era, por isso, um bar. Talvez nem isso, porque não tinha sumos, apenas cerveja e vinho (Monte Velho, note--se!)


Alguns de nós iniciámos conversa. Passado alguns minutos uma simpática moça já acedia em oferecer almoço ao nosso “chefe”. Ele falou-lhe que era da Universidade Gregório Semedo e que, lá, tínhamos muitos alunos da Bibala. Um moço que lá estava ligou para um desses alunos e disse-lhe para aparecer urgente lá no bar, sem explicar porquê. Passado 10 minutos estávamos numa mesa, rodeados de alunos, surpreendidos e até um pouco lisonjeados por aparecermos na Bibala! E também nós estávamos sensibillizados. Bebemos todos uma N´gola, falamos de Angola, da Bibala e da UGS. Eles mostraram-nos o Jango Comunitário, um espaço tipo fórum com capacidade para mais de 200 pessoas…ao lado, passeavam cabrinhas e suas crias…
Levados pela tal curiosidade, fomos conhecer uma das duas (penso eu) estâncias termais de Angola: as águas quentes de Montipa, a 7 km da Bibala. E lá estavam umas termas bem à moda portuguesa e uma piscina construída com mármores, com bancos em volta, enfim um sonho (como podem ver pela foto). À volta pupulavam tendas de campismo. O que foi outrora o Hotel e um café ou restaurante estava desactivado (mas à entrada das termas já havia um placa a dizer “Propriedade Privada”, indiciando que em breve o pequeno paraíso poderá deixar de estar acessível a todos). As aguas têm tratamento e cuidados de higiene pela administração da Província.
Depois de algumas horas bem passadas, chegava a hora da despedida: antes disso as fotos da praxe. Cá estamos, entre alunos (e alunos até de outras instituições de ensino superior, que decidiram acompanhar-nos!) e, no fundo, entre amigos!

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